Este trabalho objetivou verificar a relação entre os gastos per capita e a efetividade na gestão municipal em saúde e educação nos municípios de Minas Gerais. Foi realizada Análise Exploratória dos Dados (AED), agrupamento dos gastos per capita com atividades de Educação e Saúde em três estratos e a tabulação cruzada dos dados para o teste Qui-Quadrado de independência. Pelos resultados encontrados, os grupos formados referentes aos gastos per capita com saúde e educação foram estatisticamente diferentes entre si, não havendo mais de um grupo que se assemelha ao outro, o que possibilitou a realização das tabulações cruzadas dos estratos com os grupos de efetividade da gestão municipal. Os resultados indicaram que a hipótese nula de independência das variáveis não foi rejeitada, o que permite inferir que os estratos são independentes entre si, ou seja, não há uma relação estatisticamente significativa entre os gastos nesses setores e o desempenho na efetividade da gestão. Assim, mesmo que haja distintos valores de investimentos per capita, tanto na área de educação como na saúde, este estudo evidenciou que não há relação entre os investimentos e os índices de efetividade das gestões municipais nestas áreas, considerando-se os municípios mineiros no ano de 2015. Portanto, considera-se que há ainda uma vasta possibilidade de melhorias na gestão de recursos, visto que o volume de gastos per capita não têm refletido, necessariamente, em melhores índices de efetividade da gestão municipal.